Ensaio Energético

Bioenergia

O mercado de biometano em construção – Parte I: Lições com os casos dos Estados Unidos e da Dinamarca

O Pré-Sal caipira é visto como uma oportunidade de explorar o potencial de energia renovável no Brasil. Este artigo analisa o mercado de biometano nos EUA e na Dinamarca como estudos de caso, buscando identificar os condicionantes que impulsionaram seu desenvolvimento e as lições que podem ser aplicadas no contexto brasileiro. Ambos os países alcançaram sucesso na produção e uso do biometano devido a estruturas regulatórias e políticas públicas robustas. Os EUA adotaram programas de incentivo e a possibilidade de participar simultaneamente de dois esquemas regulatórios, impulsionando investimentos e tornando a produção economicamente sustentável. Na Dinamarca, foram implementados subsídios diretos, metas de descarbonização e impostos sobre combustíveis fósseis. A rastreabilidade do biometano também desempenha um papel importante na sua comercialização. A viabilização do biometano requer políticas que valorizem seus benefícios ambientais, sociais e estratégicos, além de investimentos em capacidade produtiva, tecnologia e infraestrutura de escoamento.

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Gás Natural

Desafios do acesso de terceiros aos terminais de regaseificação de GNL no Brasil

A Nova Lei do Gás implementou o acesso não discriminatório e negociado de terceiros às infraestruturas essenciais. Atualmente, ANP está elaborando a resolução que regulamentará esse acesso. Desse modo, este artigo busca dar suporte à elaboração dessa resolução, visando identificar os principais desafios do acesso de terceiros aos terminais de GNL no Brasil. Identificamos que esses desafios estão associados à capacidade limitada de armazenamento da FSRU e à propriedade do GNL armazenado na mesma. Ou seja, não é a capacidade de regaseificação de GNL, mas sim o gerenciamento do estoque da FSRU que representa o principal desafio. Portanto, a baixa taxa de utilização dos terminais de GNL, ocasionadas pela flexibilidade das termoelétricas movidas a gás natural, não deve ser percebida como uma grande capacidade disponível para o acesso de terceiros. Assim, para que o acesso de terceiros aos terminais de GNL seja viabilizado, é necessário que resolução da ANP leve em consideração, não somente a capacidade de regaseificação, mas também inclua o gerenciamento do estoque da FSRU na definição de preferência do proprietário, estipulado no § 1º do art. 28 da Nova Lei do Gás.

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Gás Natural

DESENVOLVIMENTO DO MERCADO DE GÁS NATURAL NOS SISTEMAS ISOLADOS DO BRASIL: lições do Estado do Amazonas para o Maranhão

Embora a exploração de gás natural, no Maranhão, tenha completado 10 anos em 2023, o estado não conseguiu capilaridade para a formação de um mercado consumidor, diante da inexistência de infraestrutura de transporte e rigidez dos contratos com o sistema elétrico. Em vista disso, o objetivo geral desta pesquisa é analisar as potencialidades de desenvolvimento de um mercado de gás natural no Maranhão tendo como referência a experiência do estado do Amazonas. Por meio de levantamento de dados secundários e, em seguida, estimativa da matriz energética do estado, identificou-se que há uma demanda potencial por gás natural de cerca de 2 milhões MMm³/dia dentro dos setores industrial e de transporte, evidenciando que as restrições estão muito mais ligadas ao lado da oferta do que necessariamente da demanda.

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Bioenergia

A Transformação digital e seus impactos no Setor de Energia

A digitalização da economia tem transformado a produção de bens e serviços e a maneira como as pessoas consomem e se relacionam entre si. Ela traz uma série de vantagens do ponto de vista energético, como um melhor monitoramento e controle da produção, distribuição e consumo em tempo real. Cria novos modelos de negócios baseados em tecnologia. Mas também traz seus desafios e efeitos muitas vezes difusos. Este artigo tem como objetivo explorar de forma breve os aspectos e efeitos da digitalização das atividades, com particular foco na promoção da produtividade, eficiência energética e sustentabilidade. A digitalização é uma tendência irreversível, capaz de impulsionar a sustentabilidade e a transformação da sociedade.

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Energia Renovável

O que esperar da institucionalidade e a transição energética na Colômbia?

No novo governo da Colômbia, liderado por Gustavo Petro desde 07 de agosto de 2022, a agenda energética tem sido uma das pautas mais relevantes. Com a voz da Irene Vélez, chefe da pasta de Minas e Energia, as diretrizes da política são acelerar a transição energética justa. Se por um lado o caminho da transição energética justa da Colômbia considera princípios convenientes como o de equidade e participação social, refletido na promoção de comunidades energéticas e na construção de bases de política considerando a perspectiva étnica e territorial, por outro também deixa interrogações devido à falta de sinais claros nas políticas públicas. Além disso, as declarações do governo têm gerado expectativas, especialmente com a procura do Presidente Petro por controlar as funções da Comissão de Regulação de Energia e Gás (CREG).

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Combustíveis

Gap de preços, capacidade de compra e competitividade: nova série de indicadores sobre preços dos combustíveis

O Ensaio Energético está lançando uma série de indicadores de energia com o objetivo de fornecer aos seus leitores um acompanhamento sistemático das informações mais relevantes da indústria de energia. A primeira série de indicadores é sobre os combustíveis: gasolina, óleo diesel, etanol e gás liquefeito do petróleo (GLP). Esses indicadores incluem o gap de preços, a capacidade de pagamento e a competitividade do etanol em relação à gasolina. Tais indicadores são importantes para compreender o mercado e analisar o impacto dos preços dos combustíveis na economia e no bolso dos consumidores. A criação dos Indicadores do Ensaio Energético tem como propósito trazer clareza e objetividade na avaliação da evolução dos preços desses combustíveis no mercado brasileiro. A publicação dos indicadores será dividida em dois produtos: um semanal e outro trimestral para identificar tendências e os principais debates do setor de combustíveis.

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Energia Renovável

Perspectivas e Desafios para Projetos de Exportação de Hidrogênio Verde

A produção de hidrogênio verde reúne expectativas cada vez maiores, na esteira de esforços para descarbonização das economias. Projeta-se comércio internacional crescente com grandes projetos voltados à exportação, sobretudo de países emergentes e em desenvolvimento para países desenvolvidos. A viabilidade dos projetos ainda esbarra em inúmeros riscos e desafios, relacionados ao diferencial de custo de produção, à definição da demanda (offtake) para absorver o prêmio verde e aos critérios de certificação e adicionalidade. A estruturação de project finance pode favorecer a mitigação de riscos e a obtenção de financiamento com menor custo de capital. Apesar das expectativas, o horizonte para os próximos anos ainda é nebuloso, dependendo de contratos bilaterais e apoios governamentais.

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Energia Elétrica

Pequenos reatores modulares (SMRs): desafios em segurança, gestão de resíduos e aceitação pública

O presente artigo buscou realizar um panorama das novas fronteiras para a indústria nuclear, com destaque para os seus desafios, incluindo os riscos decorrentes da manipulação de material radioativo, conflitos na escolha da localização das instalações dos SMRs e do descarte dos resíduos dos projetos de reatores avançados – os SMRs.

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Combustível

Novos Rumos para a Petrobras

Os resultados da Petrobras em 2022 indicam que o ajuste iniciado em 2015 foi completado. A nova gestão que está assumindo a empresa indica uma retomada de investimentos, com a incorporação de energias renováveis em sua estratégia de atuação. Para evitar a armadilha de 2015, quando a empresa tinha um plano de investimentos ambicioso e os preços dos derivados foram controlados, é fundamental que sua política de precificação não seja defasada e garanta o fôlego para trilhar seus novos rumos.

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Energia Renovável

O mercado voluntário de carbono como estratégia climática das majors de óleo e gás

O reconhecimento das mudanças climáticas e a consequente necessidade da transição da economia para uma conformação de baixo carbono se configura como o maior desafio a ser transposto nesse século. Os países, instituições e empresas têm assumido compromissos para apoiar a trajetória de descarbonização da economia. O setor de energia, pela sua posição preponderante como emissor de gases de efeito estufa, assume um papel de destaque nessa trajetória e tem sido cobrado no desenvolvimento de soluções de baixo carbono. Uma das soluções que se coloca para as estratégias climáticas das companhias do setor de energia é o offset de emissões via mercado voluntário de carbono. O objetivo do presente artigo é discutir o mercado voluntário de carbono como estratégia climática das empresas de energia, com foco nas majors de óleo e gás.

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