O setor aéreo foi um dos mais prejudicados pela pandemia da covid-19. No período mais crítico, oferta e demanda de voos despencaram 92% e 94% no Brasil, respectivamente. Embora o setor esteja ainda em fase de recuperação, o fato de o preço do querosene de aviação (QAV) ter triplicado em menos de dois anos é um entrave, já que um terço dos custos das empresas aéreas é com QAV. Como consequência, as empresas não tiveram alternativa a não ser repassar o aumento às tarifas, que decolaram. Entre os meses de janeiro de 2020 e junho de 2022, houve 22 aumentos e 7 reduções no preço do QAV. No entanto, no mesmo período, as tarifas aéreas subiram 18 vezes e recuaram 11, indicando que as empresas tenderam a retardar o repasse, na medida do possível, para acelerarem sua recuperação aos níveis pré-pandêmicos.