
Compartilhar ou não compartilhar, eis a questão: experiência internacional e propostas para o Brasil no compartilhamento de terminais de GNL
O mercado de gás, por se configurar como uma indústria de rede, tem em seu processo de abertura a necessidade de discutir acesso às infraestruturas que fazem parte da cadeia de valor. Os terminais de importação de GNL são infraestruturas essenciais, cujo acesso deve ocorrer de forma não discriminatória, respeitando as particularidades operacionais e o investimento realizado. Atualmente, o Brasil possui cinco terminais em operação, mais três em processo final de construção, todos baseados na tecnologia de FSRU, que tem certas limitações e desafios a serem superados para permitir o acesso de terceiros. O objetivo do presente artigo é apresentar as condições para compartilhamento de terminais de GNL no contexto brasileiro, tendo como referência o benchmark internacional. Dadas as especificidades da utilização dos terminais de GNL brasileiros para atendimento muitas vezes dedicado às demandas do setor elétrico, surgem desafios para viabilizar os terminais multiusuários. Esses desafios devem ser endereçados tecnicamente para manter a segurança de suprimento do empreendedor do terminal, mas de forma a permitir o acesso de terceiros. Essa é uma solução que traz mais uma opção de suprimento aos consumidores locais, que podem acessar o mercado internacional para comprar molécula flexível.