Ensaio Energético

Transformações estruturais no contexto da transição energética – o caso da geração de empregos

Introdução

A transição energética para uma economia de baixo carbono enseja enormes transformações na forma como produzimos e utilizamos energia, pressupondo-se a busca por novos modos de produção e consumo consistentes com a estabilização de gases de efeito estufa na atmosfera em níveis considerados seguros pela ciência. São esperadas, portanto, mudanças na estrutura social, econômica, política e cultural, incluindo a expansão de alguns setores-chave, e a contração daqueles intensivos em carbono.

Este texto analisa os impactos esperados no mundo do trabalho a partir das perspectivas destas transformações estruturais esperadas no contexto da transição energética no Brasil e no mundo. A análise tem como foco dois setores: a geração de energia, notadamente a eletricidade, e o transporte, contemplando o transporte de passageiros e a expansão de veículos elétricos. Também são feitas considerações relacionando tais perspectivas no âmbito da transição justa, oportunidades de desenvolvimento regional e equidade de gênero.

 

Potencial de geração de empregos a partir de investimentos setoriais

A principal razão pela qual determinados investimentos têm maior potencial de geração de empregos do que outros é a intensidade do trabalho (Garrett-Peltier 2017). Algumas indústrias possuem estruturas de custos mais voltadas à mão-de-obra (salários), enquanto em outras predominam gastos com maquinário, aluguéis e terra e outros investimentos em capital. De forma geral, os setores de energia renovável e infraestrutura sustentável são mais intensivos em mão-de-obra do que suas alternativas de alto conteúdo de carbono, como será explorado a seguir.

 

Oferta de energia

Embora a participação de energias renováveis não-convencionais (i.e., excluindo hidroeletricidade) na geração total de eletricidade permaneça relativamente pequena, a trajetória de difusão das energia solar e eólica já provou seguir uma curva exponencial globalmente, como resultado de reduções acentuadas nos custos (Grubb, Drummond e Hughes, 2020; Saget, Vogt-Schilb e Luu, 2020). Uma ampla literatura sustenta que tais tecnologias são, em média, mais intensivas em mão-de-obra do que a geração de energia a partir de combustíveis fósseis (Gioutsos e Ochs, 2017; Fragkos e Paroussos, 2018; IRENA, 2019; Saget, Vogt- Schilb e Luu, 2020). A figura abaixo apresenta o fator de emprego para as principais fontes renováveis de energia. Para fins de comparação, as usinas termelétricas a carvão e gás natural não criam mais de sete postos de trabalho por MW de capacidade instalada, considerando construção, fabricação, operação e fornecimento de combustível (ILO, 2013; Greenpeace, 2016).

 

Gráfico 1 – Geração média de empregos por MW de capacidade instalada para tecnologias de energia renovável selecionadas (Empregos/MW para construção e fabricação; Empregos/MW/ano para Operações e Manutenção)

 

Legenda: CSP – Concentrated Solar Power; PCH – Pequena Central Hidrelétrica

Fonte: ECLAC/CGEE (2020), com base em IRENA (2019), IEA (2017), Greenpeace (2016), EPE (2018) e Sooriyaarachchi et al. (2015)

 

A geração de eletricidade solar pode ser do tipo fotovoltaica ou heliotérmica (CSP), cada uma com sua própria capacidade de criação de cobenefícios socioeconômicos. A energia solar fotovoltaica tem a vantagem de ser potencialmente distribuída, com efeito sobre o acesso à energia, promovendo a dinamização da economia local, impulsionando o microempreendedorismo e criando empregos na construção e instalação. Já as plantas CSP são geralmente concentradas, com grande capacidade instalada, e demandam bens de alto valor agregado, criando oportunidades para o desenvolvimento industrial regional (Milani et al., 2020).

Atualmente, a energia solar fotovoltaica apresenta – de longe – os maiores fatores de emprego dentre as fontes de geração. Para a instalação, podem ser gerados 11,2 postos/MW (Cameron e Van Der Zwaan, 2015), que são postos de trabalho locais, que dificilmente podem ser automatizados, assim como a manutenção e limpeza dos painéis (Jaeger et al., 2021). Na manufatura de placas fotovoltaicas, há potencial de se criar até 18,8 postos/MW de capacidade instalada (Cameron e Van Der Zwaan, 2015). Destaca-se, contudo, que o desenvolvimento industrial da cadeia de suprimentos fotovoltaica requer um alto investimento inicial, exigindo uma demanda em grande escala para ser financeiramente viável. Atualmente, a concorrência com produtos importados, principalmente da China, tende a prejudicar o investimento (SEBRAE, 2017).

No caso da geração eólica, para além dos altos fatores de empregos nas etapas de construção e operação, destacam-se as oportunidades de desenvolvimento de uma indústria nacional de componentes fornecedores de matéria-prima e serviços subjacentes, com grande capacidade de impulsionar a geração de empregos e renda. De acordo com Simas e Paca (2014), a manufatura de torres de concreto e aço pode gerar até 14 empregos por MW de capacidade. Rennkamp, Westin e Grottera (2020) destacam que a política de requisitos locais de conteúdo do BNDES para o financiamento da indústria eólica foi determinante para o desenvolvimento desta cadeia de fornecimento.

A geração termelétrica a biomassa renovável não apresenta fatores de empregos altos como as fontes eólica e solar, porém apresenta uma vantagem importante pelo fato de que os componentes da planta são, em sua maioria, os mesmos das usinas termelétricas tradicionais (ABDI, 2012). Portanto, países onde caldeiras, turbinas a vapor e motores já são produzidos nacionalmente podem fornecer um alto conteúdo local para usinas de biomassa, gerando maiores cobenefícios socioeconômicos ao longo da cadeia de suprimentos das usinas. No caso do Brasil, o uso generalizado da cogeração do bagaço da cana-de-açúcar levou ao desenvolvimento de uma indústria nacional de componentes que atualmente fornece 100% do conteúdo das usinas termelétricas a biomassa (Soria et al., 2015).

 

Transporte sustentável

Investimentos em transporte público sustentável contribuem para o acesso ao emprego e diminuem os custos de viagem, levando a uma maior produtividade e equidade em geral. Ademais, melhoram a segurança da mobilidade e reduzem as mortes e doenças causadas pela poluição do ar, todos os quais têm impactos de longo prazo positivos na economia (Jaeger et al., 2021).

Investimentos em sistemas de transporte público de massa tendem a ser mais intensivos em mão-de-obra do que investimentos em rodovias (Schwartz et al. 2009), inclusive porque requerem habilidades específicas relativas ao planejamento e urbanismo, além dos trabalhadores da construção civil. Em contraste, a expansão de rodovias tende a concentrar maiores gastos em material, como cimento, asfalto, etc. (Garrett-Peltier 2011).

O transporte não-motorizado também traz inúmeros benefícios em grandes centros urbanos, como a redução do tráfego e da poluição atmosférica. Um estudo de Garrett-Peltier (2011) estimou que investir em ciclovias e infraestrutura pedestre cria 1,5 vezes e 1,3 vezes mais empregos do que estradas, respectivamente.

Um dos elementos que mais contribuem para a baixa eficiência energética do transporte de cargas no Brasil é logística de distribuição de produtos baseada no modal rodoviário, devido às limitações operacionais e baixa disponibilidade da malha ferroviária e da infraestrutura dos outros modais. Dessa forma, a expansão de ferrovias é fundamental para aumentar a eficiência do transporte de carga. Entretanto, estima-se que apresente menor potencial de geração de empregos comparado às rodovias, o que é explicado pela alta intensidade de capital deste modal, que envolve os trens e trilhos. No que diz respeito à operação e manutenção ao longo da vida útil do sistema, contudo, tanta as ferrovias quanto o transporte de passageiros apresentam maior potencial de geração de postos (Freedman et al. 2017).

 

Eletrificação da frota de veículos leves

Estima-se que a transição para veículos elétricos (VEs) levará a ganhos líquidos de emprego na economia em geral, porém os efeitos ao longo da cadeia total devem ser heterogêneos. Por um lado, a eletrificação da frota cria empregos no setor elétrico, que é mais intensiva em mão-de-obra do que o setor fóssil, como mencionado anteriormente. Ademais, a expansão da infraestrutura de carregamento de veículos elétricos também pode ser um forte criador de empregos, pois, assim como a geração distribuída, a infraestrutura de carregamento de veículos elétricos tem potencial de gerar postos espalhados por todo o território. De acordo com a IEA (2020), cada dólar investido em infraestrutura de carregamento tem potencial de gerar o dobro de empregos do que um dólar destinado à fabricação de veículos convencionais.

Melaina et al. (2016) apontam ainda para uma espécie de efeito-rebote, explicando que, com a economia de recursos antes destinados à aquisição de combustível (ex: gasolina), os proprietários de VEs poderão dispor de mais recursos para gastar em outros setores da economia global, também mais intensiva em mão-de-obra do que o setor de óleo e gás.

No entanto, estima-se que a transição para veículos elétricos gere uma redução (cerca de 10%, de acordo com a IEA (2020)) dos postos de trabalho no setor manufatureiro (fabricação) e na manutenção, comparado aos veículos a combustão interna. Isso se deve ao fato de que VEs são compostos por um número menor e menos complexo de peças (IEA 2020). Destaca-se, também que, embora o Brasil possua uma indústria automotiva bem estabelecida, o país não possui liderança na fabricação de baterias íon-lítio, essenciais para a eletromobilidade. Atualmente, mais de 70% das baterias de íons de lítio são produzidas na China (BMI 2020).

 

Transição justa, cobenefícios e considerações finais

Embora a energia renovável seja mais intensiva em mão-de-obra e promova um estímulo inicial maior do que as tecnologias movidas a combustíveis fósseis, uma transição justa deve levar em conta os empregos perdidos nessas indústrias e fornecer alternativas para os trabalhadores. É possível que os novos empregos sejam criados em regiões diferentes ou exijam outras habilidades que não aquelas dos postos de trabalho que estão substituindo, configurando mais um desafio. Comunidades historicamente dependentes dos empregos e receitas fiscais de indústrias de alto carbono também serão afetadas.

É o caso da indústria carvoeira na região sul do Brasil. A desativação de usinas a carvão é crucial para atingir metas climáticas de longo prazo, mas pode impactar negativamente comunidades inteiras que dependem economicamente da mineração de carvão e da geração termelétrica.

A complexidade do desafio reside no fato de que os maiores potenciais de recursos solares e eólicos não estão necessariamente concentrados nas mesmas áreas que minas de carvão e usinas térmicas. Esses empregos provavelmente estarão localizados em áreas diferentes e não substituirão os empregos perdidos nas mesmas comunidades. Além disso, em geral, os empregos relacionados ao carvão geram renda mais alta do que os empregos em energia renovável e estão associados a um conjunto diferente de habilidades (Saget, Vogt-Schilb e Luu, 2020). Um programa de eliminação gradativa do uso do carvão deve considerar políticas de treinamento e requalificação visando a reinserção dos trabalhadores recém-demitidos, bem como planos de aposentadoria antecipada ou mesmo uma renda básica temporária (DIEESE, 2021).

Por outro lado, a transição para a energia de baixo carbono pode potencialmente contribuir para a maior equidade de gênero. A IRENA (2019) estimou que as mulheres representam 32% da força de trabalho de energia renovável, enquanto apenas 22% da força de trabalho da indústria de petróleo e gás é feminina. Impulsionar micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) com acesso a energia limpa e acessível é outro meio adequado para aumentar o emprego feminino. Segundo a OIT (2017), 35% dos cargos de tempo integral nas pequenas empresas na América Latina são ocupados por mulheres, enquanto nas médias empresas são 30% e nas grandes empresas são apenas 26%.

Em termos fiscais, destaca-se também que empregos no setor de petróleo e gás estão sujeitos à volatilidade dos preços dos combustíveis e dos ciclos de produção, enquanto o setor de energia limpa tende a ser mais estável (Raimi et al. 2019). No caso de países importadores líquidos de combustíveis fósseis, a transição energética é também uma oportunidade para melhorar a balança comercial, ajudando a aliviar as restrições externas (Kuzemko et al., 2020). No caso do Brasil, a necessária redução da dependência do modal rodoviário para transporte de carga pode contribuir para o saldo da balança comercial, já que atualmente um quarto do diesel consumido é importado (EPE, 2022).

Por fim, o fator locacional também será determinante para as transformações estruturais esperadas no contexto da transição energética. Quanto maior a capacidade doméstica de produção e fornecimento dos componentes necessários às indústrias de baixo carbono, maior será o potencial de geração de empregos. Reside aí um dos grandes desafios relativos à transição energética no Brasil, já que algumas indústrias-chave, como a fabricação de painéis solares e baterias de íon-lítio são incipientes no país, e a grande parte da manufatura é importada, principalmente da China.

Estratégias industriais para desenvolver fornecedores nacionais de bens e serviços para usinas de energia renovável são, portanto, vistas como cruciais para reter a criação de valor. O desenvolvimento econômico sustentável e inclusivo exige que os países do Sul Global desenvolvam suas próprias capacidades para tecnologias verdes. Ressalta-se que o desenvolvimento dessas tecnologias co-evolui com o desenvolvimento socioeconômico, com os países que conseguem criar e manter uma indústria com sistema de inovação que vivenciam melhores condições socioeconômicas (Walz et al., 2017). Com efeito, se uma transição energética for feita inteiramente com tecnologias estrangeiras, apesar dos benefícios ambientais, a maioria das oportunidades de geração de empregos, multiplicadores de investimentos e desenvolvimento da cadeia de valor seriam transferidas para o exterior.

Referências

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Sugestão de citação: Grottera, C.; Couto,L. C. & Silva, T. B. (2022). Transformações estruturais no contexto da transição energética – o caso da geração de empregos. Ensaio Energético, 08 de junho, 2022.

 

 

 

 

Autora do Ensaio Energético. Professora adjunta do Departamento de Economia da Universidade Federal Fluminense (UFF). Possui doutorado em Planejamento Energético com ênfase em Planejamento Ambiental pelo Programa de Planejamento Energético da COPPE/UFRJ, mestrado pela mesma instituição e bacharelado em Ciências Econômicas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).

Lilia Caiado Couto

Lilia Caiado Couto é Research Fellow na Chatham House - The Royal Institute of International Affairs - Global Economy and Finance Program e PhD Candidate na University College London. Lilia atualmente atua como Autora Contribuinte para o Relatório de Gap de Emissões da ONU 2022. Ela é bacharel em Economia e mestre em Planejamento Energético pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Lilia trabalha como economista freelancer na Vivid Economics desde 2017, realizando trabalhos analíticos em projetos globais sobre regulamentação de energia e emissões de GEE. Os interesses de pesquisa de Lilia são a economia da transição energética e a política climática.

Tatiana Bruce da Silva

Economista pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e mestre em Administração Pública pela University of Pennsylvania. Atualmente cursa doutorado em Sistemas Sustentáveis de Energia no Instituto Superior Técnico, na Universidade de Lisboa. Sua pesquisa engloba descarbonização e transição energética, com ênfase no setor de transportes.

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