Ensaio Energético

Consumo de gás natural e crescimento econômico: um survey da literatura empírica e reflexões para o Brasil

Introdução

A energia assumiu um papel tão importante nas sociedades modernas, que o seu uso está implícito em toda atividade econômica, seja ela de produção ou de consumo. Mais pertinentemente, o nível de consumo de energia tem sido apontado como um indicador de crescimento econômico, de modo que o processo de expansão econômica e dos níveis de produção levam a maior demanda energética. No entanto, não está clara a relação de causalidade entre energia e atividade econômica. O que impulsiona o quê? O consumo de energia limita o crescimento econômico? Ou o crescimento econômico impulsiona o consumo de energia? Ambos? Ou nenhum dos dois? As respostas a essas perguntas recebem muita atenção de pesquisadores ao redor do mundo, porque importam para o desenho de políticas públicas ativas de desenvolvimento econômico de uma região ou país.

No Brasil, o gás natural tem se destacado como uma aposta do governo para impulsionar a reindustrialização e a retomada econômica do país. Nesse sentido, o programa Novo Mercado de Gás (NMG) tem como um dos principais objetivos a promoção de um “choque de energia barata”, a partir da redução do preço do gás natural em 40% em dois anos. As expectativas em torno dessa meta do atual processo de abertura do mercado doméstico de gás se tornaram ainda maiores no contexto da pandemia de COVID-19, levando ao destravamento da votação do projeto de lei (PL) 6.407/2013 no Congresso. No entanto, quais efeitos esperar da redução de preço e do aumento do consumo do gás natural na atividade industrial do país? Este artigo tem o objetivo de realizar um levantamento da literatura de economia da energia sobre a relação causal entre consumo de gás natural e crescimento econômico e destacar as tendências recentes de pesquisas que podem contribuir para a reflexão sobre o caso brasileiro.     

Levantamento bibliográfico sobre consumo de gás natural e crescimento econômico

A literatura sobre a relação entre consumo de energia e crescimento econômico surgiu durante os choques do petróleo da década de 1970. Desde o artigo seminal de Kraft e Kraft [25], essa relação tem sido extensivamente examinada, a partir do uso de diferentes conjuntos de dados, períodos, amostra de países e técnicas econométricas. Os resultados podem ser categorizados em quatro hipóteses testáveis. A hipótese do crescimento indica causalidade unidirecional do consumo de energia para o crescimento econômico; em tal situação, as políticas de conservação de energia exercem um efeito prejudicial sobre o crescimento econômico. No sentido oposto, a hipótese da conservação se refere à causalidade unidirecional do crescimento econômico para o consumo de energia, sugerindo que as políticas de conservação de energia podem não ser prejudiciais ao crescimento econômico. A hipótese de feedback indica causalidade bidirecional entre consumo energético e PIB, indicando que o consumo de energia é tanto um fator importante de crescimento econômico quanto o seu resultado e que as políticas de redução de energia teriam um efeito prejudicial sobre o crescimento econômico. A hipótese de neutralidade diz que a relação entre consumo de energia e PIB não é significativa e, portanto, reduzir o consumo de energia não tem efeito sobre o crescimento econômico.

Mais recentemente, um novo conjunto de literatura tem levado as análises sobre o nexo causal entre consumo de energia e crescimento econômico a níveis mais desagregados, uma vez que diferentes fontes de energia podem ter efeitos desiguais sobre a economia. A tabela abaixo apresenta um resumo da pesquisa bibliográfica [Nota 1] sobre a relação entre consumo de gás natural e atividade econômica.

Tabela 1 – Principais características dos estudos sobre consumo de gás natural e crescimento econômico

Fonte: Elaboração própria.

O levantamento realizado deixa claro que, embora a literatura empírica sobre a relação causal entre consumo de energia e crescimento econômico seja bastante substancial, a bibliografia sobre o nexo consumo de gás natural-crescimento econômico é ainda limitada. O interesse sobre os efeitos econômicos do uso do gás natural é recente e se deve a sua crescente importância como fonte de energia eficiente e menos poluente (quando comparado aos combustíveis fósseis mais preponderantes nas matrizes energéticas, petróleo e carvão)  para o setor industrial e para a geração de eletricidade em diversos países, suscitando o papel do consumo de gás natural no processo de crescimento econômico.

A revisão da literatura demonstra que o ponto principal da pesquisa é a relação unilateral ou bidirecional entre consumo de gás natural e crescimento econômico (PIB). Os resultados mistos se devem a estruturas e níveis de desenvolvimento econômico diferentes entre os países, além de variações que podem resultar de mudanças na política energética ou no regime de desenvolvimento econômico, ou de reformas regulatórias e institucionais. Também é possível afirmar que as análises mais recentes estruturas multivariadas, incluindo dados como emprego e investimento, normalmente, como componentes do PIB.

 A literatura que examina os efeitos do consumo de gás natural na produção industrial parece ser consideravelmente mais esparsa. A pesquisa resultou em poucos trabalhos que utilizam dados no nível da indústria, como taxa de industrialização e PIB desagregado por setor econômico. Os estudos que incluem os impactos das mudanças do preço do gás natural sobre o consumo de gás natural (final e industrial) também aparentam ser limitados. A principal motivação para este estudo é o fato de que o aumento do preço da energia é um choque importante devido à demanda comparativamente inelástica por recursos energéticos, além da possibilidade de gerar distúrbios macroeconômicos, como aumento do desemprego e da inflação. Dessa forma, pode-se, razoavelmente, supor que aumentos dos preços do gás natural tem efeitos adversos significativos para economia, mas ainda pouco se sabe em que medida esses impactos ocorrem na atividade industrial ou de maneira mais agregada na economia.

A bibliografia especializada, no entanto, apresenta conclusões pertinentes. Por exemplo, sobre os Estados Unidos, Kielsen [24] observa que as mudanças nos preços do gás natural tiveram efeito negativo sobre o crescimento da produção de alguns setores da manufatura no curto prazo, mas não no longo prazo. Isso inclui os três setores que mais gastam com consumo de gás natural (metais primários, produtos minerais não metálicos e produtos químicos), cuja produção tem baixa participação no PIB, o que explicaria porque o efeito agregado do aumento do preço do gás sobre o PIB não é significativo. Arora e Lieskovsky [4], analisando período mais recente dos Estados Unidos, com a “revolução do shale gas” já em marcha, observam que as mudanças no fornecimento de gás natural são o principal meio pelo qual o mercado de gás natural do país impacta a atividade econômica doméstica. O aumento médio anual no fornecimento de gás natural foi de cerca de 5% entre 2007 e 2012, o que correspondeu a uma diminuição de cerca de 5% no preço real do Henry Hub e ao aumento de 0,5% na produção industrial. Os autores concluem que, após 2008, as respostas da produção industrial aos choques de “oferta” de gás natural têm sido maiores, mas o tamanho desta mudança permanece incerto. Em complemento às conclusões dos estudos citados, o relatório “Seeking growth: What will drive US natural gas demand?” da Delloite (2020 [12]) aponta que, entre 2007 e 2016, apesar da forte queda dos preços do gás natural, houve um aumento modesto no uso do gás natural pelo setor industrial (15%) e pequeno crescimento da produção industrial, mas a tendência permanece sendo para cima.

Gráfico 1 Consumo industrial de gás natural nos Estados Unidos: 2007-2016

Fonte: Delloite, 2020 [12].

Reflexões para o Brasil: desafios para o aumento do consumo de gás e a reindustrialização

A pesquisa bibliográfica identificou apenas três artigos referentes ao Brasil [1] [6] [8]. Ambos concluem pela hipótese de feedback, entretanto não oferecem resultados específicos para cada país, mas sim de forma agregada para o painel de países. Esse resultado sugere que o aumento no nível do consumo de gás natural gera crescimento econômico e que o crescimento econômico também estimula o consumo de gás natural e indica que governo deveria tomar medidas que incentivam investimentos em projetos de gás natural que proporcionem o consumo crescente do combustível. Por outro lado, o tamanho dos efeitos bidirecionais entre o uso de gás natural e a economia foram pouco explorados, no caso do Brasil.

Nesse sentido, as predições quanto ao crescimento econômico e à expansão da atividade industrial a partir do aumento do consumo de gás tem sido papel exclusivo do governo e de organizações setoriais. Segundo estudo publicado pelo Ministério da Economia, Secretaria Especial da Fazenda e Secretaria de Avaliação de Políticas Públicas, Planejamento, Energia e Loteria, a queda do preço do gás natural de US$ 14/MMBTU para US$ 7/MMBtu resultaria em crescimento de 10,5% no PIB industrial no primeiro ano do recuo. O impacto de uma queda de 30% seria de 6,3% no primeiro ano e de 4,1% no segundo ano, caindo para 2,8% no terceiro até ser diluído para 0,22% no 10º ano (Uol, 2019 [47]).  

Já a Confederação Nacional da Indústria – CNI (2020 [10]), através do estudo “Impactos Econômicos da Competitividade do Gás Natural”, destaca que a queda do preço do gás é decisiva para a competitividade da indústria nacional e aumento os investimentos dado que custo energético é um dos fatores que mais contribuiu para a deterioração da competitividade dos energo-intensivos (química, cerâmica, vidros, alumínio e siderurgia) ao longo do tempo. O estudo traça três cenários de preços de gás natural (US$ 7, US$ 10 e US$ 14/MMBtu) e aponta que, com a redução em 50% do preço do gás, os investimentos passariam dos US$ 10 bilhões em 2019 para US$ 31 bilhões por ano em 2030 apenas nos setor energo-intensivo. Esta redução também se refletirá no faturamento dessas empresas, que pode aumentar em cerca de 40% em dez anos, assim como no resultado da balança comercial que prevê a reversão do atual déficit para um superávit comercial de US$ 41,6 bilhões. Entretanto, a estimativa da CNI, foi feita com dados coletados antes da crise de COVID-19 e que leva em consideração um crescimento anual do PIB de 3%.

O Programa Novo Mercado de Gás vem buscando implementar mudanças regulatórias, a fim de suprir a saída da Petrobras do mercado doméstico de gás e fomentar a entrada de novos agentes e o investimento privado. Espera-se que o aumento da concorrência proporcione uma significativa redução do preço de gás natural, gerando uma forte redução do custo da indústria brasileira, garantindo concorrência e competitividade para o setor, em um cenário que aponta para um forte crescimento da produção nos próximos anos, impulsionado pela exploração do Pré-sal.

No Brasil, o gás natural corresponde a apenas 11% da matriz energética. Mais especificamente, no setor industrial, a participação do gás natural dobrou entre 2000 e 2007, passando de cerca de 5% para 10%, porém esse processo de forte elevação foi interrompido com a política de elevação dos preços e a restrição de oferta após 2008. Esse patamar se manteve ao longo dos últimos anos, demonstrando uma estagnação do consumo industrial do gás (CNI, 2020).

Por sua vez, o setor industrial é responsável por metade do consumo total de gás natural no país, com demanda de aproximadamente 40 milhões de m³/dia. O gás natural tem diversas aplicações industriais, podendo ser utilizado como insumo para geração de calor ou matéria-prima. Todavia, com a estrutura monopolística do mercado de gás e escassez da oferta, os preços finais do gás natural são caros, elevando os custos de produção para a indústria. Em 2018, por exemplo, o preço do gás comercializado alcançou US$ 14 MMBTU, enquanto o preço médio de gás para consumidores industriais foi US$ 8,85 MMBTU na Europa e US$ 3,90 MMBTU nos Estados Unidos.

Apesar da aposta no gás natural como elemento crucial para a retomada econômica e a reindustrialização, desenvolver a oferta de gás nacional e a redução do preço final de gás são tarefas muito desafiadoras. Em primeiro lugar, a produção líquida de gás natural projetada no Brasil passará de 59 MMm³/d em 2018 para 147 MMm³/d em 2030, porém a sua oferta no mercado doméstico demanda a ampliação da infraestrutura existente de processamento e escoamento ou a duplicação de infraestruturas existentes. Atualmente, o país conta com dois gasodutos de escoamento em operação e um em construção, totalizando 44 MMm³/dia de capacidade de escoamento, volume que deverá ser alcançado pela produção brasileira em 2026. O Plano Indicativo de Escoamento e processamento de Gás Natural – PIPE aponta sete projetos indicativos de gasodutos de escoamento conectados a UPGNs para o Pré-sal, adicionando vazão de 100 MMm³/dia ao investimento total de R$ 32 milhões de reais (EPE, 2020 [15]), que ainda precisará ser amortizado. Ou seja, o gás offshore já chega caro no continente e, caso esses projetos não sejam economicamente viáveis no momento da decisão de investimento dos projetos de produção de gás natural devido à incerta sobre a monetização desses recursos, há a alternativa de reinjetar o gás nos campos de produção e não ofertá-lo ao mercado doméstico.      

A expansão da infraestrutura também desponta como desafio nos segmentos de transporte e distribuição de gás natural, podendo limitar a redução da tarifa de transporte e, consequentemente, do preço final do gás.  A malha de gasodutos é concentrada na costa atlântica, dada as dimensões continentais do país, com maior interiorização apenas na região centro-sul, que reúne as principais áreas de produção e de consumo, bem como o trajeto do Gasoduto Bolívia-Brasil (GASBOL). Para atender partes do território que não tem acesso ao gás natural, começam a surgir no Brasil alternativas de interiorização da oferta de gás, como o GNL e o GNC, porém essas são soluções de menor escala e que podem não viabilizar preços competitivos para grandes consumidores industriais.

Em 2020, o Brasil já experimentou uma queda circunstancial do preço de gás natural. No final do ano anterior, a Petrobras renovou seus contratos com doze distribuidoras estaduais no âmbito no Novo Mercado de Gás, que entraram em vigor em janeiro de 2020. Esses contratos são baseados em uma nova fórmula de preço da molécula de gás indexada ao Brent, estando atrelados diretamente à variação do preço do petróleo no mercado internacional e à variação cambial. Devido aos efeitos da pandemia de COVD-19, que derrubaram ainda mais os preços do petróleo no mercado internacional de gás, os preços de gás natural no Brasil alcançaram, no final de agosto, redução acumulada média de 48% em US$/MMBTU (ou 35% em R$/m³), quando comparado a dezembro de 2019 (Petrobras, 2020 [35]). Entretanto, as quedas de preço não são sustentáveis, pois a recuperação do Brent irá elevar o preço do gás no mercado doméstico no ajuste trimestral seguinte.

Por outro lado, o preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo custo da molécula e inclui também o transporte, a distribuição e os tributos federais e estaduais. Isso abre margem para mais reduções do preço final, que podem ser levadas a cabo pela entrada de novos agentes no mercado ofertando preços descontados de gás, pelas distribuidoras, a partir das revisões tarifárias e abertura de seus mercados a consumidores livres, e pela União e estados, pela redução de impostos.

Nesse cenário de incertezas, a pandemia da COVID-19 trouxe caráter ainda mais emergencial à oferta de gás natural mais competitivo como via fundamental para a rápida retomada econômica e reindustrialização. Os problemas de desenvolvimento industrial no país não são recentes, dado que entre 1980 e 2015 o PIB manufatureiro acumulou aumento de 28%, mas veio perdendo participação no PIB nacional, chegando a cerca de 11% em 2018.

Gráfico 2 – PIB real da indústria de transformação e grau de industrialização, 1947-2018

Fonte: Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial – IEDI, 2019 [20].

Enquanto o PIB do Brasil cresceu a uma taxa média de 2,17% ao ano (a.a.), o valor adicionado bruto da indústria de transformação cresceu apenas 0,66% a.a., resultando no declínio relativo da indústria na economia do país. A desindustrialização não é homogênea, sendo que os setores de maior intensidade tecnológica perderam 40% de peso no PIB desde 1980, o que é grave ao desenvolvimento do país (IEDI, 2019 [20]). Diante disso, as questões que se encontram na interface das políticas energética e industrial não devem se resumir se o “choque de energia barata” de fato chegará. É legítima a tentativa de recuperação da base produtiva constituída nos esforços de industrialização nacional, mas até que ponto o avanço da pauta industrial depende da atual política energética do mercado de gás é uma questão que vem sendo apresentada com pouca clareza. Qual o perfil do setor industrial nacional e em que medida ele se beneficiaria da redução de preços de gás? Como recuperar elos perdidos no recente esvaziamento da cadeia produtiva e a competitividade global da indústria nacional e qual é o papel da energia nesse processo? Quais impactos macroeconômicos isso traria? Como o gás poderia contribuir para o erguimento de uma indústria moderna, sustentável, duradoura e de alto valor agregado?

Conclusões

A maioria dos estudos empíricos mostra que mudanças no consumo de energia têm uma alta correlação com o crescimento econômico, embora apresentem resultados mistos, que refletem diferentes estágios de desenvolvimento e estruturas econômicas entre os países. Essas descobertas mostram que não há uma recomendação de política exclusiva que possa ser aplicada em todos os países quando o objetivo é promover o crescimento econômico por meio da política energética. Além disso, a inclusão de dados sobre preço de gás natural e investimento ao nível das empresas se mostra uma tendência recente de pesquisa, com evidências que ajudariam a discernir os impactos setoriais das variações do preço do gás, bem como os distúrbios macroeconômicos resultantes das decisões de investimento no nível micro.

No Brasil, em particular, os impactos econômicos da expansão do consumo de gás não foram suficientemente investigados na academia. Isso cria uma lacuna na literatura empírica da economia da energia com guias para os formuladores de políticas públicas. Portanto, é pertinente testar empiricamente os resultados das pesquisas apresentadas no contexto de economia nacional, como forma de compreender o nexo causal entre consumo de gás, preços, investimento e crescimento econômico no país.

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Notas

[1] A pesquisa bibliográfica foi feita no Portal Periódicos Capes, acesso CAFe, na base Web of Science, com diferentes combinações das palavras-chave: “natural gas”, “consumption”, “price”, “econom*”, “growth”, “industr*”, “gás natural”, “consumo”, “preço”, “crescimento”. Os resultados foram filtrados por tipo (artigos) e área (economia).


Sugestão de citação: Tavares, A. (2020). Consumo de gás natural e crescimento econômico: um survey da literatura empírica e reflexões para o Brasil. Ensaio Energético, 28 de setembro, 2020.

Autora do Ensaio Energético. Analista de Relações Internacionais pela PUC-Rio, mestre em Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento pela UFRJ, doutoranda em Ciências Econômicas pela UFF e pesquisadora do Grupo de Energia e Regulação – GENER/UFF.

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