1. Introdução
O perfil de despesa das famílias varia significativamente de acordo com o nível de renda e outras características do domicílio. De maneira geral, à medida em que aumenta a renda domiciliar, ocorre uma saturação nos níveis demandados para a maioria das categorias de consumo. Essa saturação é ainda mais proeminente para bens e serviços básicos, como alimentação e serviços de energia (Grottera et al, 2020). Em outras palavras, o consumo de bens e serviços essenciais aumenta a taxas menos que proporcionais com relação à renda, sendo esta então destinada a outros itens, como educação, lazer e bens duráveis, além da poupança.
Por sua vez, as pressões inflacionárias deterioram a renda dos consumidores. Em 2021, o índice geral do IPCA registrou alta de 10,06%. Durante os últimos vinte anos, o IPCA só havia superado a casa de dois dígitos durante os anos de 2002 (12,5%) e 2015 (10,7%) (IBGE, 2022). Nota-se uma correlação entre a alta no preço da energia e a inflação. Como consequência, os efeitos da elevação dos preços da eletricidade e combustíveis reverberam ao longo de toda a economia, já que constituem em um importante insumo de diversas atividades produtivas, além do frete de mercadorias transportadas da produção até o consumidor final. Conforme apresentado por Romeiro (2022) no artigo publicado no mês de abril, o peso dos energéticos nas famílias de menor renda é maior do que a ponderação da cesta no IPCA, o que torna ainda mais regressivo o aumento persistente acima da inflação, dificultando o acesso e reduzindo o poder de compra dos estratos vulneráveis.
Os preços de energia experimentaram uma “tempestade perfeita” em 2021. A combinação da crise hídrica, da escalada dos preços internacionais do petróleo e gás natural e da deterioração do câmbio levaram os preços dos energéticos a trajetórias crescentes. Os preços da gasolina, do GLP e do etanol responderam por um terço da inflação em 2021. Entre janeiro e dezembro, o preço da eletricidade residencial, medido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), aumentou 21,2%, enquanto o botijão de gás ficou 37% mais caro. Gasolina, etanol e óleo diesel apresentaram variações de 47%, 62% e 46%, respectivamente (IBGE, 2022). Quando tais pressões se concentram nos preços de energia e alimentos, estas tendem a penalizar, de sobremaneira, aqueles de menor renda, já que comprometem uma parcela maior do orçamento doméstico destes estratos sociais.
Nesse sentido, o objetivo do artigo é investigar os efeitos do aumento nos preços dos energéticos no orçamento familiar, de acordo com diversas faixas de renda.
2. Evolução do Preço e do Consumo dos Energéticos
2.1 Eletricidade
A tarifa de eletricidade é constituída por diversos componentes ligados às etapas de geração, transmissão e distribuição. Variações nos custos e tributos em cada uma destas etapas têm impacto sobre os preços finais ao consumidor. Em termos nominais, a tarifa média residencial no Brasil subiu 82,6%, passando de R$340,93 por MWh em 2011 para R$622,64 por MWh em 2021 (Figura 1). Em termos reais, o aumento foi de 4,96% no período, considerando os valores corrigidos pelo IPCA.
Figura 1 – Evolução da tarifa média residencial sem tributos (R$/MWh)
Fonte: Elaboração própria com dados da ANEEL (2022)
Impulsionado pelo processo de melhoria de renda (principalmente das camadas menos favorecidas da população) e o crescimento da quantidade de eletroeletrônicos nos domicílios, bem como o aumento de acesso à rede elétrica nas áreas rurais, o consumo de energia elétrica da classe residencial apresentou expressivo crescimento na última década, conforme pode ser observado na Figura 2.
Figura 2 – Evolução do consumo de energia elétrica residencial no Brasil (GWh)
Fonte: Elaboração própria a partir de EPE (2021)
No segmento residencial, a demanda por eletricidade resulta do uso dos eletrodomésticos e eletroeletrônicos. Assim, o consumo de energia depende de variáveis como densidade populacional, quantidade de equipamentos (posse), padrão de consumo (uso) e índices de eficiência energética (nível tecnológico). O consumo de eletricidade é significativo para o uso de eletrodomésticos e outros equipamentos de uso em residências, como refrigerador (26%), chuveiro elétrico (15%) e TV (15%), que juntos correspondem 56% do percentual de consumo na carga residencial (Eletrobras, 2019).
Um fator determinante na decisão de consumo de energia elétrica é a sensibilidade dos consumidores frente a variações de preço. Em particular, os domicílios com maiores níveis de consumo reagem de maneira mais forte a variações de preço, já que têm maior possibilidade da adoção de medidas de conservação de energia.
Segundo Rodrigues (2013) a elasticidade-preço apresenta um formato de J invertido, com os domicílios com maiores níveis de consumo reagindo de maneira mais forte a variações de preço. A elasticidade-preço estimada no percentil 10 é de -0,21, alcançando – 0,65 no percentil 90. Ou seja, o impacto causado por variações no preço da energia é assimétrico ao longo da distribuição condicional do consumo residencial de energia elétrica. A variação de 1% no preço, mantendo as demais variáveis constantes, reduz o consumo de energia elétrica no 10º percentil de consumo em 0,21%, já no 90º percentil o consumo é diminuído em 0,65%, ou seja, a elasticidade-preço é aproximadamente 3,09 vezes maior.
A explicação para a elasticidade-preço relativamente mais alta entre os grandes consumidores seria a maior possibilidade da adoção de medidas de conservação de energia por este grupo. Parcela significativa da energia demandada por esses consumidores residenciais pode ser destinada a finalidades de uso não essenciais (como o uso de ar-condicionado ou entretenimento/conectividade), portanto mais fáceis de serem reduzidas. Por sua vez, o uso de energia dos domicílios situados nas faixas de consumo baixo ou intermediário seria destinado principalmente para atividades essenciais, tais como higiene e iluminação. Assim, é menos passível de redução frente a aumentos de preços.
2.2 Combustíveis
O processo de precificação de combustíveis tem grande relevância no Brasil, devido às suas dimensões continentais e ao predomínio do modal rodoviário de transporte. A partir de outubro de 2016, a Petrobras passou a alinhar no curto prazo os preços dos derivados ao preço do mercado internacional. Outro fator que merece destaque nesse período se refere ao papel do câmbio. A desvalorização da moeda brasileira frente ao dólar nos últimos anos constituiu um elemento de pressão adicional sobre os preços de derivados.
Figura 3 – Evolução dos preços da gasolina e etanol (eixo esquerdo) e GLP (eixo direito)
Fonte: Elaboração própria a partir de ANP (2022a)
A demanda por derivados de petróleo apresentou forte expansão nos últimos anos, passando de 84 milhões de tep em 2000 para 96,8 milhões de tep em 2020 (EPE, 2022). Durante a última década, o crescimento da renda, taxas de juros mais baixas para a aquisição de automóvel, e preços dos combustíveis abaixo do nível internacional contribuíram para o aumento da demanda por transporte individual e de carga. Estes fatores se refletiram no crescimento constante frota brasileira de veículos desde 2012, atingindo um total de quase 60 milhões de veículos em 2022 (Sindipeças, 2021). Junto ao aumento da frota, os ganhos econômicos e políticas industriais de fomento ao setor automobilístico se refletiram também nas vendas de combustíveis líquidos, cuja evolução pode ser observada na Figura 4.
Figura 4 – Evolução do consumo de gasolina e etanol (em bilhões de m³)
Fonte: Elaboração própria com base em ANP (2022b)
Em virtude das medidas de isolamento social impostas para redução do contágio do novo coronavírus (Covid-19), o setor de combustíveis foi severamente afetado em 2020, principalmente por sua estreita relação com o transporte. As vendas de gasolina, orientadas ao transporte individual, foram bastante afetadas pelas medidas de isolamento (Losekann et al, 2020).
3. Participação dos energéticos na composição da cesta de consumo das famílias
Os perfis de consumo variam entre as famílias de diferentes níveis de renda. As famílias de menor renda tendem a gastar uma parcela proporcionalmente maior para atender às suas necessidades básicas, como alimentação, habitação e mobilidade. À medida em que a renda aumenta, uma parcela do gasto passa então a ser destinada a bens duráveis (como roupas e eletrodomésticos) e serviços diversos (como educação, saúde e lazer), ou mesmo poupada (Grottera et al, 2020).
A análise da cesta de consumo das famílias brasileiras foi realizada a partir dos dados da mais recente Pesquisa de Orçamentos Familiares do IBGE (POF 2017-2018). As famílias foram divididas em classes representativas de acordo com a renda mensal total do domicílio, definida a partir do número de salários mínimos (SM) vigentes recebidos. A partir das faixas de renda, é possível extrair informações sobre a parcela do gasto das famílias destinadas ao consumo de energéticos, incluindo transporte público (Figura 5).
Figura 5 – Participação na despesa domiciliar mensal com energia e transporte público por categoria
Fonte: Elaboração própria a partir de IBGE (2019)
Embora o acesso a geladeira e televisão seja praticamente universalizado no Brasil (mais de 90% dos domicílios em todas as faixas possuem estes equipamentos), a posse de outros aparelhos varia significativamente de acordo com a faixa de renda. Destacam-se as enormes discrepâncias entre as classes para posse de ar condicionado (presente em apenas 6% dos domicílios de menor renda, e em 51,6% daqueles de maior renda) e de lavadora de roupas, cujo acesso é quase universal dentre os domicílios da faixa de renda mais alta, porém não para as outras.
Um ponto que merece destaque é a questão da eficiência energética de determinados equipamentos eletrônicos, sobretudo para aqueles que requerem maior consumo de energia, como geladeira e aparelhos de ar condicionado. Embora os equipamentos mais novos disponíveis no mercado já se mostrem mais eficientes, muitas famílias, especialmente aquelas com renda domiciliar mais baixa, não dispõem de condições para fazer a substituição de aparelhos mais antigos. Em geral, essas famílias utilizam esses equipamentos por um período mais longo do que o ciclo de vida desses produtos, que gira em torno de 10 anos (Instituto Escolhas, 2021). Nesse sentido, a parcela correspondente à utilização de geladeiras e aparelhos de ar condicionado nos gastos em energia elétrica domiciliar pode ser mais alta para as famílias de renda mais baixa, sobretudo quando comparada com as famílias mais ricas, que dispõem de condições para a aquisição de aparelhos com elevada eficiência energética.
O gasto com mobilidade, por sua vez, divide-se entre o transporte público e privado. À medida em que a renda aumenta, há tendência de se utilizar mais o automóvel privado em detrimento do transporte público. Dentre os domicílios da faixa de renda mais alta, 87% possuem ao menos um automóvel. Isto explica o crescimento mais que proporcional do gasto com gasolina e etanol entre as classes de renda mais ricas.
4. Como o aumento do preço dos energéticos afeta a inflação doméstica?
Taxas de inflação elevadas geram distorções e aumentam o grau de incerteza da economia, dificultando a tomada de decisão nos médio e longo prazos. Estes efeitos encurtam o horizonte de planejamento das famílias, empresas e governos, e minam a confiança dos agentes, o que afeta o potencial de crescimento da economia, a geração de empregos e de renda (Cunha, 2015). Desta forma, a estabilidade de preços é vista como promotora do bem-estar social e um pilar da política econômica. Destaca-se ainda que inflação penaliza sobremaneira famílias mais pobres, que gastam uma parte maior da renda com despesas de consumo (alimentação, energia, itens de necessidade, etc). Essas despesas, geralmente, são menos responsivas a aumentos de preços. Por sua vez, classes de renda mais alta conseguem destinar parte do orçamento à poupança e ao aumento de patrimônio.
Choques de oferta, como o causado pela escassez hídrica em 2021, provocam a chamada inflação de custos, na qual há aumento dos preços de oferta, que devem cobrir os custos variáveis e a margem de lucro (Cunha, 2015). No caso da geração elétrica, a menor disponibilidade hídrica levou à maior participação da fonte termelétrica na geração – que é mais custosa do que a hidroeletricidade – e, consequentemente, à adoção de bandeiras tarifárias, repassando a alta do custo aos preços finais ao consumidor. Já o aumento no preço dos combustíveis conta também com um componente denominado “inflação importada”, que ocorre quando os custos são influenciados pelo nível de preços internacionais e variação da taxa de câmbio.
Os efeitos da elevação dos preços da eletricidade e combustíveis reverberam ao longo de toda a economia, em um mecanismo de transmissão que atua via diversos canais. De acordo com Cunha (2015), identificam-se três fatores que formam o efeito total da variação dos preços de energia sobre a inflação, sendo (i) um efeito direto, o qual depende fundamentalmente do peso do energético na estrutura de ponderação do índice de preço em questão; (ii) um efeito indireto, que representa a transmissão do energético sobre as demais atividades econômicas e, por sua vez, depende fundamentalmente da importância do energético enquanto insumo na estrutura de custos das diferentes atividades econômicas; e (iii) um efeito indireto sobre o frete, considerando os impactos da movimentação de cargas realizados pelas atividades econômicas.
Figura 6 – Variação anual do IPCA (Índice geral) e subitens bens energéticos
Fonte: Elaboração própria a partir de IBGE (2022)
A Figura 6 mostra a variação anual do IPCA, para os anos entre 2018 e 2021, e dos principais bens energéticos. Nota-se uma trajetória ascendente do índice geral, sendo que a maior alta se deu para o ano de 2021 (10,06%), quando os preços dos energéticos apresentaram a maior alta medida no período analisado. Para o ano de 2020, houve queda no preço de alguns energéticos, refletindo os impactos da pandemia da Covid-19 na demanda por energia, sobretudo o diesel (-3,3%).
Para entender como o aumento do preço dos energéticos se refletiu na cesta de consumo de diferentes classes de renda, imputou-se a variação do IPCA por categoria sobre as cestas das faixas salariais. No período analisado, o peso dos gastos com energia e do transporte público no orçamento doméstico aumentou entre todas as classes de renda. No entanto, a variação positiva se mostrou muito mais significativa para a classe de renda mais pobre (Figura 7).
Figura 7 – Percentual do gasto total relativo à energia e ao transporte público por faixa de renda
Fonte: Elaboração própria a partir de IBGE (2019) e IBGE (2022)
Através dos dados da Figura 7, nota-se que a parcela de renda comprometida com consumo de energéticos e transporte é quase o dobro, quando comparados o grupo menos abastado (13,5%) com o mais abastado (7,1%). Portanto, os impactos negativos da inflação dos energéticos pesam muito mais no bolso das famílias que se localizam nas faixas de renda mais baixas.
5. Considerações Finais
Os anos recentes foram marcados por sucessivas altas nos preços das principais fontes de energia. A redução da disponibilidade hídrica em algumas bacias brasileiras levou à maior participação da fonte termelétrica na geração elétrica, cujo custo é maior do que da hidroeletricidade, e que foi repassado aos consumidores na forma de bandeiras tarifárias mais altas.
Os combustíveis líquidos utilizados para transporte também sofreram aumentos de preços, refletindo a alta do barril de petróleo negociado nos mercados internacionais. Tanto o petróleo bruto utilizado como insumo nas refinarias quanto os derivados finais que precisam ser importados devido à insuficiência da oferta doméstica, são negociados em dólares americanos. A tendência de desvalorização do Real brasileiro frente ao dólar gerou uma pressão adicional sobre o preço destes produtos.
Estas tendências geraram reflexos em todos os setores da sociedade. No caso das famílias, aumentos na eletricidade, no GLP e no gás encanado tornaram mais custosas atividades domésticas básicas como cocção e refrigeração de alimentos, iluminação, higiene, dentre outros. Aumentos no preço da gasolina e do etanol encarecem o custo do transporte individual, enquanto o diesel mais caro se reflete em tarifas de transporte coletivo maiores. Nesse sentido, todas as classes de renda foram afetadas pela alta nos preços dos energéticos.
Os resultados obtidos mostraram que as famílias de menor renda tendem a gastar uma parcela proporcionalmente maior de sua renda para atender às suas necessidades básicas, como alimentação, habitação e mobilidade – incluindo energéticos. À medida em que a renda aumenta, uma parcela do gasto passa então a ser destinada a bens duráveis, serviços diversos e poupança. Como a energia é parte fundamental destes gastos essenciais, a inflação dos energéticos deixou o bolso de todas as famílias mais pesado em 2021. Mas o peso maior ficou com as famílias de rendas mais baixas.
6. Referências
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MtNTA5NTYxODdhYTkzIiwidCI6IjQwZDZmOWI4LWVjYTctNDZhMi05MmQ0LWVhNGU5YzAxNzBlMSIsImMiOjR9
ANP (2022). Vendas, pelas Distribuidoras, dos Derivados Combustíveis de Petróleo (metros cúbicos). Disponível em https://www.gov.br/anp/pt-br/centrais-de-conteudo/dados-estatisticos.
ANP (2022a). Série histórica de preços. Disponível em: https://www.gov.br/anp/pt-br/assuntos/precos-e-defesa-da-concorrencia/precos/precos-revenda-e-de-distribuicao-combustiveis/serie-historica-do-levantamento-de-precos.
CUNHA, B. S. L. (2015). Análise da influência do óleo diesel e da gasolina automotiva sobre a inflação nacional. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-graduação em Planejamento Energético, COPPE, Universidade Federal do Rio de Janeiro.
ELETROBRAS (2019) Pesquisas de Posse e Hábitos de Consumo de Energia (PPHs) 2019. Procel Disponível em < https://eletrobras.com/pt/Paginas/PPH-2019.aspx> Acesso em março de 2022.
EPE (2021). Anuário Estatístico de Energia Elétrica 2021. Ano Base 2020. Disponível em: https://www.epe.gov.br/sites-pt/publicacoes-dados-abertos/publicacoes/PublicacoesArquivos/publicacao-160/topico-168/Anu%C3%A1rio_2021.pdf
EPE (2022). Balanço Energético Nacional 2021: Ano Base 2020. Disponível em: https://www.epe.gov.br/pt/publicacoes-dados-abertos/publicacoes/balanco-energetico-nacional-2021
GROTTERA, C.; LA ROVERE, E. L; WILLS, W. e PEREIRA Jr, A. O. (2020): The role of lifestyle changes in low-emissions development strategies: na economy-wide assessment for Brazil, Climate Policy, DOI: 10.1080/14693062.2020.1717415
IBGE (2019). Pesquisa de orçamentos familiares: 2017-2018: perfil das despesas no Brasil: indicadores selecionados / IBGE, Coordenação de Trabalho e Rendimento. Rio de Janeiro, 2020.
IBGE (2022). IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/economicas/precos-e-custos/9256-indice-nacional-de-precos-ao-consumidor-amplo.html?=&t=o-que-e.
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LOSEKANN, L. D.; ALMEIDA, E.; RODRIGUES, N.; PRADE, Y. C.; RAEDER, F.; ROMEIRO, D. L.; SOARES, G (2020). Impactos da crise sanitária da Covid-19 nos mercados de energia do Brasil. ECONÔMICA (NITERÓI), v. 22, p. 31-57, 2020.
Rodrigues, N. (2013). Demanda de Energia Elétrica Residencial no Brasil Segundo os Quantis de Consumo. Dissertação de Mestrado. UFV – Programa de Pós- Graduação em Economia Aplicada.
SINDIPEÇAS (2021). Relatório da Frota Circulante. Edição 2021. Disponível em https://www.sindipecas.org.br/home/
Nota:
Artigo baseado em pesquisa realizada com pesquisadores da UFF em parceria com o Instituto Escolhas.
Sugestão de citação: Raeder, F. Grottera, C.; Rodrigues, N.; Melo, Y. (2022). Mais peso no bolso: os efeitos da inflação dos energéticos no orçamento familiar das diferentes classes de renda. Ensaio Energético, 20 de junho, 2022.
Autor Fixo e Editor dos Indicadores do Ensaio Energético. Formado em Economia, Mestre e Doutorando em Economia pela Universidade Federal Fluminense (UFF). É professor substituto da Faculdade de Economia da UFF e pesquisador do Grupo de Energia e Regulação (GENER/UFF).
Autora do Ensaio Energético. Professora adjunta do Departamento de Economia da Universidade Federal Fluminense (UFF). Possui doutorado em Planejamento Energético com ênfase em Planejamento Ambiental pelo Programa de Planejamento Energético da COPPE/UFRJ, mestrado pela mesma instituição e bacharelado em Ciências Econômicas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).
Editora-chefe do Ensaio Energético. Economista pela UFRRJ, mestre em Economia Aplicada pela UFV e doutora em Economia pela UFF. Professora do Departamento de Ciências Econômicas da UFF, professora do Programa de Pós Graduação em Economia (PPGE/UFF) e pesquisadora do Grupo de Energia e Regulação (GENER/UFF).
Autora do Ensaio Energético. Economista e mestre em Economia pela Universidade Nacional de Colômbia, sede Medellin, doutora em Economia pela Universidade Federal Fluminense e membro do Grupo de Energia e Regulação (GENER/UFF).
[…] O diesel é utilizado no Brasil no transporte de cargas e no transporte coletivo de passageiros. 65% das cargas brasileiras são transportadas pelo modal rodoviário (CNT, 2022), utilizando diesel. Assim, o diesel é um gargalo do refino doméstico, implicando em importações, e o combustível tem grande influência no preço de fretes de mercadorias. Por outro lado, o transporte público é um item importante de gasto das famílias mais pobres (Gráfico 4). O peso desse item na composição dos gastos dos domicílios com menor renda, até 2 salários-mínimos, é quase o dobro do peso nos domicílios de maior renda, mais de 10 salários-mínimos (IBGE, 2019). Maiores detalhes sobre os efeitos do aumento nos preços dos energéticos (energia elétrica e combustíveis) no orçamento familiar, por faixas de renda, encontra-se no artigo publicado no Ensaio Energético por Raeder et al (2002). […]
[…] Maiores detalhes sobre os efeitos do aumento nos preços dos energéticos (energia elétrica e combustíveis) no orçamento familiar, por faixas de renda, encontra-se no artigo publicado no Ensaio Energético por Raeder et al (2002). […]